Você só é livre quando percebe que não pertence a lugar nenhum — você pertence a todos os lugares.
Maya Angelou
Esta frase inspirou Brené Brown a escrever o livro A Coragem de Ser Você Mesmo, seu último best seller.
Ela conta que foi difícil compreender o verdadeiro sentido de não pertencer a lugar nenhum, já que uma das maiores necessidades humanas é justamente o PERTENCIMENTO.
A busca por pertencer nos conduz a ter e permanecer em relacionamentos por vezes tóxicos e abusivos, não só amorosos, mas familiares, de amizades, de sociedades, de trabalho.
Porque no fundo estamos sempre em busca de ACEITAÇÃO.
Desde criança somos conduzidos a nos comportarmos de acordo com o padrão estabelecido por nossa família, nossa escola, nossa sociedade. Quando não seguimos este padrão somos rotulados como diferentes,
esquisitos, rebeldes. E como queremos ser amados, aceitos e pertencer, nós nos adaptamos e nos moldamos.
A partir daí, perdemos a conexão conosco, com nossos sentimentos, nossas necessidades, nossa autenticidade. E o preço de não sermos quem somos de verdade é alto.
Passamos a engolir sapos, para não entrar em conflitos, a fazer programas que não gostamos, a aceitar situações que nos incomodam, a tolerar pessoas que não agregam em nada.
Mulheres potencializam esta situação, por uma questão cultural e acabam vestindo uma armadura de supermulher acreditando que dar conta de tudo é ser forte, é bonito, é aplaudido, é esperado. Não tem espaço para mimimi.
Romper com tudo isso é o convite para a busca pelo verdadeiro pertencimento.
Mas o que é, afinal, o verdadeiro pertencimento? Brené Brown diz que “não é algo negociado fora de nós, é algo que carregamos dentro do peito. Não requer que você mude; requer que você seja quem é”.
Joseph Campbell escreveu: “se à sua frente se abrir um caminho nítido, com cada passo à mostra, saiba que esse caminho não é seu. O caminho se faz a cada passo dado. É por isso que é seu”.
Para saber se vivenciamos o verdadeiro pertencimento podemos fazer algumas perguntas a nós mesmos como: eu respeito os meus próprios limites? Eu sou confiável? Eu me responsabilizo? Eu peço o que preciso? Sou generoso comigo mesmo?
Se você ainda observa o rosto das pessoas atrás de evidências de que não é bom o suficiente, eu te convido a confiar mais em você mesmo, na sua autoestima, na possibilidade de ser quem é de verdade e mesmo assim, ser amado. Requer coragem, vulnerabilidade e muito, mas muito autoconhecimento.
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