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  • Foto do escritorVivian Laube

Escutar para além das palavras




Você já deu aquele suspiro que vem lá da alma quando estava muito aliviado, ou triste, ou cansado, ou feliz? Então, os suspiros dizem muito dos nossos sentimentos.

Tem vários outros sinais que nosso corpo apresenta, que falam por si só. Nossos olhares, nossa postura, nosso tom de voz.


Quando queremos conexão com o outro, seja nas relações pessoais ou profissionais, temos que aprender a escutar e acolher estes sinais.


Isso aumenta a nossa empatia e a possibilidade de compreendermos melhor o estado em que o outro se encontra, antes ou durante nossa conversa com ele.

Mas como ter certeza de que realmente entendemos o que aquele sinal quer nos dizer?

A comunicação não violenta nos apresenta uma possibilidade: os chutes empáticos.


Não sabemos o que o outro sente ou precisa, mas podemos dar uns chutes, e quem sabe acertar algum ou escutar da própria pessoa a verdade dela.

Quer um exemplo?


Um dia destes eu estava com uma pessoa muito próxima, e ela suspirou profundamente. Então eu disse para ela: eu percebo neste suspiro muito cansaço, é isso mesmo? Ela concordou com o olhar. Então chutei: e um certo desânimo também, pode ser? Ela concordou novamente balançando a cabeça. Tive então curiosidade de saber se era mais do que isso e arrisquei outra pergunta: seria também uma vontade de chutar o pau da barraca? E mais uma vez “escutei” um sim através de um gesto.

Ou seja, esta pessoa estava naquele momento em que a gente está de saco cheio mesmo! Todos nós sabemos o que é isso, em algum momento já vivemos isso.


Perceber o outro neste estado faz com que a gente tenha o cuidado de não dizer ou fazer nada, por um tempo, que possa deixá-lo ainda pior. Também não precisamos tirar o outro do estado, nem dar conselhos, nem resolver os problemas dele. Ele consegue fazer isso tudo sozinho, no tempo certo, naturalmente. Só precisamos escutar e acolher, às vezes um pequeno comentário mostrando que o entende, aceita, e que está ali, disponível para ajudá-lo, se ele precisar. Quem sabe um abraço, dependendo da situação. Foi o que eu fiz. E foi bom para ambos.


Gosto de dizer que conhecer a comunicação não violenta foi muito libertador, pois aprendi que posso simplesmente aceitar a situação do outro, sem me envolver com ela. E que o melhor apoio que posso dar ao outro é a minha escuta, e o meu respeito pelo que ele está vivendo.


Vivian Laube LF Comunicação Integrada

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