Só podemos ser gentis quando aceitamos o outro nas suas escolhas, e mesmo não concordando com elas, o respeitamos, e para além disso, ainda queremos que ele esteja bem.
Nesta semana descobri que existe o Dia Mundial da Gentileza, e me perguntei: por que precisamos ter uma data que nos lembre que ser gentil é algo importante, quando isso deveria ser algo natural do nosso ser humano?
Fui pesquisar um pouco e aprendi que a ideia surgiu numa conferência em Tóquio, em 1996, que reuniu grupos que propagavam o conceito pelo mundo. Em 2000 o movimento foi criado oficialmente. No Brasil, A Associação Brasileira da Qualidade de Vida representa o movimento, e desde 2005 vem realizando ações que inspirem e incentivem pessoas a criar um mundo mais gentil.
Recentemente, o ex-presidente americano, Barack Obama, ao homenagear o parlamentar democrata Elijah Cummings, após sua morte, disse que "ser um homem forte inclui ser gentil. Não há nada de fraqueza na bondade e na compaixão. Não há nada de fraqueza em cuidar dos outros. Você não é um otário por ter integridade e tratar os outros com respeito".
Daniel Fessler, diretor do instituto Bedari Kindness da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, explica que gentileza são "os pensamentos, sentimentos e crenças associados a ações que pretendem beneficiar os outros, em que beneficiar os outros é um fim em si mesmo, não um meio para um fim". E a falta de gentileza reflete, por outro lado, "uma falta de valorização do bem-estar dos outros".
Fazendo um paralelo com a Comunicação Não Violenta – CNV e tudo que venho estudando sobre o tema, percebo o quanto a empatia está na base dos nossos atos de gentileza. Marshall Rosenberg, psicólogo que sistematizou a CNV, diz que “empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”. Gosto da simplicidade e profundidade deste conceito, pois ele diz que só precisamos aceitar o outro do jeito que ele é, respeitar suas escolhas, acolher suas dores e histórias. Sem querer mudá-lo, sem querer que ele pense como nós, que ele viva do jeito que nós achamos adequado.
Só podemos ser gentis quando aceitamos o outro nas suas escolhas, e mesmo não concordando com elas, o respeitamos, e para além disso, ainda queremos que ele esteja bem.
Kelli Harding, médica da Universidade de Columbia, diz que a “gentileza beneficia o sistema imunológico e a pressão sanguínea, e ajuda as pessoas a viverem mais e melhor”.
Portanto, temos várias razões para sermos gentis. Que tal praticar mais no seu dia a dia?
Vivian Laube LF Comunicação Integrada.
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